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Novos cenários no mercado imobiliário para startups e economia prateada

Atualizado: 4 de mai. de 2022


Originalmente publicado em gero.pro


No início de 2022 ano preparei uma aula para o Insper sobre oportunidades e inovação em geroarquitetura. Na época, me deparei com uma pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias que mostrava que 84% das oportunidades no mercado imobiliário estavam na área residencial. E alguém falava sobre a participação do público sênior nesse mercado? Ninguém. Como sempre os maduros seguiam invisíveis, o que havia sido validado por outra pesquisa, a Tsunami 60+, que mostrou que 87% dos prateados gostariam de ser mais ouvidos pelas empresas. Depois de anos pesquisando sobre essa área, para mim, é muito óbvio e claro o tamanho do mercado e de suas oportunidades e isso se reflete diariamente em meu trabalho. mas parece que os profissionais e empresários do Brasil ainda não acordaram. No mesmo mês algo me mostrou que eu poderia estar enganada. Fui convidada para ministrar uma palestra e um workshop no ICXP, um grande evento voltado ao mercado imobiliário. O tema? Geroarquitetura e o impacto do público 50+ nesse mercado. A pressão era grande. Mais de 2.000 pessoas no evento e a responsabilidade de ser a única pessoa a tratar do tema. No workshop, eu, Bete Marin e Willians Fiori trabalhamos os diversos tipos de personas dentro do nicho dos maduros. Só de saber que existe essa diversidade, necessidades e desejos diferentes já pegamos os participantes de surpresa. Acho que até então as pessoas colocavam os idosos em um mesmo balaio, como se diz na minha terra. Um único tipo, uma única solução. Na palestra a mesma reação. Do alto do palco, a cada número e solução que mostrava, mais caras de espanto eu via. Era gente tirando foto dos gráficos e muitas cabeças concordando e se reconhecendo no discurso. Quando perguntei quantos ali tinham mais de 50 anos, ouso dizer que cerca de 40% levantaram a mão. No entanto, o idoso até então parecia o outro. Se reconhecer como parte ativa da mudança é libertador e traz para perto uma realidade que é de muitos e tende a crescer ainda mais. Conversando com os corretores, incorporadoras e startupeiros, uma das coisas que mais ouvi era que a cabeça deles estava fervendo. Como se um novo mundo tivesse sido revelado diante dos seus olhos. Tecnologias que estavam sendo apresentadas e que com pequenos ajustes seriam excelentes aos mais velhos. Parcerias possíveis que com uma conversa conseguiriam entregar uma experiência muito mais interessante para o público maduro. Muitos me falaram do quanto tinham aprendido e se surpreendido, mas acho que quem mais aprendeu fui eu. O evento serviu para validar algo que eu já via na prática e nas pesquisas. No Brasil, estamos muito atrasados e ao mesmo tempo temos um oceano azul de oportunidades à nossa frente. O mercado imobiliário prateado está apenas nascendo e quem acordar primeiro sairá na frente. Leia o artigo que preparei para a ICXP sobre minha experiência no evento.


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