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Casa Girassol

Local: Zafra de Záncara, Espanha

Arquiteto: Canobardin e Rosa Cano Cortés

Construção: Julián Solano Poveda

Fotos: Imagen Subliminal

Fonte: Dwell

Autor texto: Flavia Ranieri

Infância e velhice. Essa casa me chamou a atenção por ter elementos que favorecem aos dois extremos da vida. Uma casa ensolarada com elementos simples onde trabalha basicamente com duas cores. O amarelo e o branco. 

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Cor marcante onde importa

Portas e janelas. Esses foram os pontos escolhidos para usar o amarelo. Em contraste com o branco, não há como não localizar o portão, a porta de entrada e as janelas. Com o défict da visão ao longo do processo de envelhecimento, a cor marcante ajuda o morador a se orientar no espaço, encontrando mais facilmente as saídas e entradas.

Segurança nos acessos sem perder a conexão visual com a área externa

A porta bipartida foi um recurso usado em uma Instituição de Longa Permanência para idosos nos Estados Unidos e documentada por John Zeisel em seu livro Inquiry by Design.

No projeto mencionado por ele, ela foi usada como uma forma de conectar pessoas com demência com o movimento e a vida que ocorria na área externa, sem  permitir a abertura total, mantendo a parte fechada embaixo. Visualizar a movimentação externa já reduz a sensação de confinamento e consequentemente alterações comportamentais e stress.

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Na casa Girassol esse recurso também gera segurança para crianças que não possam sair sem o acompanhamento de adultos. Com ela inteira aberta e a parte de vidro fechada, a conexão se amplia, assim como a iluminação natural, transformando a porta em uma grande janela mesmo quando a temperatura estiver baixa ou em dias chuvosos com vento. Recursos como telas também podem ser incorporados para locais quentes onde a ventilação natural ajudaria na troca de ar e privilegiaria pessoas com problemas respiratórios.

Diversidade nas janelas

A altura e escala das janelas se adequa ao morador. Seja baixo, seja alto, velho ou novo; tanto a criança como o adulto encontram sua área de conforto para apreciar ou interagir com o ambiente externo.

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Conseguimos observar o elemento água sendo visto pela grande abertura. Essa visão, adicionada ao estímulo sensorial da fonte implantada reduz os batimentos cardíacos e o stress, gerando uma sensação de conforto e paz.

Na cozinha, é possível lavar a louça com a vista da plantação de girassóis e observar sua movimentação ao longo do dia.

 

A luz natural sobre a bancada branca se torna o cenário ideal para preparar alimentos. A superfície clara é ideal para dar contrastes aos tons vibrantes dos legumes, verduras, frutas e carnes. Em tom opaco ainda evita o reflexo da luz e consequentemente o ofuscamento visual.

Detalhes que fazem a diferença

O fogão por indução é mais seguro tanto para as crianças quanto os adultos. E um detalhe pouco visto em cozinhas é destaque nessa. A torneira na lateral ao invés do fundo da bancada.

 

Essa posição facilita o acesso por parte das crianças ou mesmo pessoas em cadeira de rodas. A abertura na parte inferior do armário fecharia com chave de ouro, assim como um banco para a criança usar. Ao evitar a instalação de armários na parte superior, a pessoa idosa não seria tentar a subir nesse mesmo banco para pegar algo no alto. ;)

Uma tela em branco

As paredes brancas dão um ar impessoal e estéril, mas entendendo que uma história começa a ser criada, ela se torna o cenário ideal para rechear de momentos felizes, arte e objetos. 

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São eles que darão a sensação de pertencimento e reconhecimento no local.

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A cor do piso contrastante com a parede tem o tom ideal para a visão e para ficar perfeito só faltou uma moldura no espelho para evitar confusão visual!

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Fonte: Dwell

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